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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Reticências...

Fim de ano...

entre o peso e a medida...


Engraçado é o tempo... Aliás, engraçado, pode não ser a melhor palavra para definir tão importante sujeito... O Tempo! Poderia ser outros tantos, por exemplo: interessante, desafiador, causador, vejam: causa-dor... Nossa! Esta palavra é suspeita, tipo... “ o culpado é sempre o mordomo...” Não é que o Tempo cause dor... Ao contrário... Ele , às vezes... só...tem o efeito contrário... Porque tem coisas que nem o tempo , nem as teorias de Freud, dá jeito... de modo que simplesmente prefere-se reviver e não viver, esta é que é a verdade... Revivendo tem-se a impressão de que o tempo parou ali! Ledo engano! Já dizia Cazuza...”O tempo não para...NÃO!!!” Talvez aí esteja uma verdade muito além da poesia...

Enfim, Mas o que me trouxe esta questão é que estamos no final de mais um ano... e isso merece uma reflexão, pelo menos penso que sim, porque comemoramos o nascimento de Jesus! Sim, isso é suficientemente o bastante pra se comemorar, afinal foi à partir daí que tudo começou ou melhor...Se Renovou!! De fato, para mim... para você...para todos nós. Mas e nós? O que fizemos este tempo todo para justificar tamanha comemoração?! Troca de presentes, férias, festas, abraços...muitos! Claro! Tudo isso é bom, mas será só isso?? Me parece que mais uma vez, tudo fica na superficialidade...


Como seres pensantes e de convívio social que insistimos em repetir Ser... à vezes parecemos estar mais para idade da pedra do que para  a era tecnológica... Evoluímos em relação ao tempo e regredimos em essência... Não somos mais os mesmos... e nem poderíamos ser, afinal, novamente, culpa do Tempo... que tudo inventa...acrescenta...Tornando-nos mais ou menos equilibrados ou não,  entre o peso e a medida!

Neste contexto, podemos tomar a educação por exemplo... Como a temos? Como a vemos e Como a queremos?? Já faz um tempão... que se discute as questões da educação, e todos sabemos que a realidade sócio-educativa hoje é preocupante demais ... Afinal,  quem  é o educando de nosso tempo? Quem educa quem?  Qual é o papel da família? E o papel da escola? E do governo? Já temos algumas teorias como respostas... sabemos que de um jeito ou de outro, todos tem sua parcela à contribuir; mas o que mais me entristece com a situação é que os ditos especialistas nas questões social e educativa fazem diagnósticos, dão seu parecer , apontam caminhos...mas não avançamos... Andamos na contramão?! Talvez!

Vejamos: responsabiliza-se a escola e mais diretamente o professor(a) pelo ensino e aprendizagem do aluno, tipo CQC... isso mesmo: custe o que custar... às vezes até a própria vida ! O que temos: salas superlotadas e professores com carga horária extensiva, sem tempo para planejar como deveriam, com raríssimos cursos de capacitação... Exige-se competências e habilidades... Mas Onde buscar isso meu Deus!! Nas universidades de curso vago? Nas pesquisas via Net? Ou... na prática diária entre aviõezinhos e tocos de giz ou ainda... cadeiradas, xingamentos e palavrões...?!

Por que apesar de a classe hoje estar mais unida e consciente de sua importância social,  ainda não se sabe pra onde iremos?! Nesse ritmo alucinante de agressividade entre os alunos e contra professores... Um educador para atender 30/40 educandos ou mais... é quase impossível que haja aproveitamento... Não se faz mágicas e muito menos milagre em sala de aula... Não em nosso tempo...

Eu sei que este, pode ser um discurso já um tanto desgastado e gostaria muito se houvesse , repito, o equilíbrio entre o peso e a medida... Em resumo: Se os educadores ( família, governo, escola, sociedade...) não conjugarem as ações que de fato priorizem a criança e o adolescente – seja de que classe ele/ ela pertença; sempre estaremos perdendo terreno para o “lobo em pele de cordeiro”, sob o pseudônimo de mídias, famílias desanimadas, professores despreparados, políticos corruptos, marginais etc, etc...

É preciso Mais!  Responsabilidade, consciência, dedicação, afeto, amor... No ato de educar!!

E Quando isso florescer o Tempo irá fluir e não simplesmente passar...

Para finalizar, queria continuar escrevendo sobre sonhos... mas sonhos possíveis... Como Aquele da noite de Natal... Como Naquele tempo... Quando uma estrela surgiu... e iluminou toda a Terra... e Deus veio morar entre nós...



Um Abençoado Natal !!!



Superabraço,



M.alida

domingo, 26 de setembro de 2010

Reticências...


F e l i c i d a d e

Muitas vezes me pergunto sobre essa palavra tão suave, linda, doce, desejada, mas, tão distante... Houve um tempo em que pensei que ser feliz bastava ter uma família, pai, mãe, irmãos, casar... Noutra vez, imaginei que ser feliz era... gerar filhos, educar, endurecer quando preciso e se derreter quase sempre...

Felicidade me parecia ser uma conseqüência na vida de todas as pessoas que como eu, sonhava modestos sonhos... Nada de tão maravilhoso como nos contos de fadas... Nada de castelos, carruagens, trenós e jardins mágicos... Nem de potes de ouro e jóias preciosas, de caros vestidos e tapetes vermelhos... Ah! os tapetes... Descobri que é preciso muito, muito mais que belos tapetes onde pés tão incertos possam caminhar...

Percebo então, que a felicidade deve ser aquilo que tenho e sou... Mas, o que sou? Realizei coisas relevantes, sim... gerei, plantei uma dezena de árvores... Não , não escrevi um livro, mas há uma enciclopédia inteira e, em cada capítulo... Um novo drama, uma esperança, um passo adiante, ou apenas um novo sonho... uma feliz-idade.

Será então, que a felicidade é apenas sonho que teimosamente decidimos sonhar? Que a felicidade está no sonho e no desejo de realizar? Que é na travessia que se está vivo pra vida?!! Felicidade será uma questão neural?? Deve ser que essa “cadeia” de bilhões de neurônios... Dificulta a captação da sutileza de ser e estar feliz? E, afinal, por que me faço essa pergunta tão difícil, hem ??.

Recentemente li uma frase de Chales Chaplim... “ O cérebro é o melhor brinquedo já criado, nele estão todos os segredos, inclusive o da felicidade.”


B-a-c-a-n-a isto! Mas dá pra simplificar ô Chales...

superabraço,
M. alida

sábado, 29 de maio de 2010

Poesias e afins...


O Céu


...O Céu do mar é água...
do ovo, a gema;

da abelha, a flor,
da noite, a lua;
do homem, a vida;
da mulher, o amor!..


domingo, 16 de maio de 2010


Poesia... pra quê te quero...

Somos conhecidos como um povo que não tem o hábito da leitura... ou lemos pouco e mal...

Mas, existem exemplos de bons leitores... Quero falar de alguém (que não conheço), mas   deve ser uma pessoa sensível e amante da arte e da cultura...), que decidiu aproximar pessoas e poesias... Incrível não?! Mas de quê forma? Muito simples... As poesias vem impressas nas embalagens de pão...

Isso mesmo!! Aquele pãozinho nosso de cada dia... que alimenta nosso corpo, também alimenta a alma e aos poucos, como nas doses homeopáticas vai internalizando palavras, sons, musicalidade ao coração... trazendo um colorido novo ao dia-a-dia tão corrido e desgastante... Experimente este pão quentinho..., com sabor de poesiaaaaa...

Vou transcrever aqui um texto cujo autor é desconhecido, mas não totalmente, pois suas palavras dispostas uma após outra são como gotas de sabedoria e estão por aí... pra quem quiser...


A PARTIR DE HOJE


A partir de hoje,
Olharei as coisas com amor e renascerei...

Amarei o Sol,
pois aquece meu corpo...

No entanto,
amarei a chuva,
pois purifica meu espírito...

Amarei a Luz,
pois me mostra o caminho...

Amarei também a escuridão,
pois me faz ver as estrelas...,

Receberei a felicidade,
que engrandece meu coração,
mas tolerarei a tristeza,
pois abre minha alma...

Receberei as recompensas
pois elas me pertencem,
mas também aceitarei de bom grado os obstáculos,
pois eles são os meus desafios...


A partir de hoje,

Olharei as coisas com amor e renascerei...
 


sábado, 27 de março de 2010

Espaço pedagógico

O Copo D´água...

Ano passado, ainda agorinha..., conheci um menino chamado Severino. Chegou à escola no meio do ano. Conhecia apenas as letras do Alfabeto, mas, demonstrava com seu jeito curioso e observador, um grande interesse pelas coisas que o cercavam e parecia muito à vontade com seus novos colegas. Chamava atenção, seu jeito alegre, curioso e educado de ser. Disseram que este menino nasceu sem mãe... [ será que é possível alguém nascer se mãe?], pois este, nasceu! Vive com o pai e mãe adotiva [ não gosto da palavra madrasta; deve ser por causa de sua primeira sílaba... prefiro o termo adotiva porque tem uma sonoridade suave e que remete à doação, sei lá, é assim que vejo. Bom, enfim, o fato é que o menino Severino vive com seus quatro irmãos maiores e menores que ele e que foi por todos muito “ dengado” . Gosta muito de vir à escola mas ainda não tomou gosto pelos livros, sempre arranjava desculpas pra não fazer as atividades, estava “atrasado” da turma , mas não se importava. A escola se resumira em recreio, merenda e brincadeiras. E, quando menos se esperava, sentia uma sede incontrolável, e a todo momento ele “precisava” sair da sala pra beber mais água... e não sossegava. Só que sua ida ao bebedouro era motivo para dar um passeio pelo pátio, no parquinho, subir nas árvores, ou simplesmente ficava conversando com alguém que lhe desse atenção... parecia fascinado com a escola, mas à seu modo...Vivíamos então, arrumando estratégias pra mantê-lo em sala de aula e pensamos que uma garrafinha de água resolveria em parte a questão... mas, que nada, a água tinha que ser no copo e bem fresquinha ôxente!!!

sábado, 13 de março de 2010

espaço pedagógico

Já falei isso antes: Estou no meu melhor momento profissional. Sem dúvida!!! Muitas vezes a gente pensa e pensa... vai fundo, mergulha de cabeça e todo o resto do corpo, claro, porque a cabeça só não basta; é preciso que o corpo todo se envolva , se encaixe perfeitamente a um determinado querer... e o tempo passa, às vezes lento, às vezes rápido demais e daquilo que planejamos, conforme planejamos, nem tudo dá certo, mas tem coisas que idealizamos e um belo dia acontece... Parece que estou dando voltas no assunto?! Nem percebi... rssrs, o que quero dizer é que estou feliz por estar em um momento de graça divina, porque se um dia acreditei estar em uma escola (professora, coordenadora, políticas públicas...) pois então, ka estou...meus amigos!!!


Penso que isso, há dez anos... teria outro sabor... outro sentido pra mim... Hoje, embora feliz, me sinto como aquela atriz em final de espetáculo... “ a casa não está mais lotada”, escassos expectadores , o cartaz desbotado na entrada... sem previsão de nova temporada... Mas que ainda adora atuar!!!

Não... Não! Não é de platéia ( povo, aplausos...) que tô falando, só metafórico... Sim!! Todo educador- artista precisa de motivação... de uma postura "nobre" diante de certos desafios e isso , hoje, tá difícil de Ser...

Mas, a vida é assim, cheia de surpresas, muito boas ou só boas... Quando penso no desafio, fico animada de novo, pois gosto e mereço estar em cena!!!


...E como diz o Goulart de Andrade.... " Vem comigo?!"

Superabraço,


M. alida

quinta-feira, 4 de março de 2010

Reticências...

... É que às vezes...é preciso sumir... pra se encontrar novamente.
Andar e andar parece ser o destino do viajante... sem destino...
Me sinto assim... meio Clarice, só olhando a chuva escorrer pela vidraça...

domingo, 17 de janeiro de 2010

maria alida: Espaço Pedagógico

maria alida: Espaço Pedagógico

Espaço Pedagógico

Ao ler a notícia abaixo num site local, tive a sensação de alegria e alívio. E, também uma vontade de comentar este assunto muito pertinente com os colegas de plantão... Finalmente discute-se a questão da alfabetização para os pequenos... de modo sério como deve ser.
MEC recomenda entrada no 1° ano, de crianças com seis anos
Educação

Em resolução publicada nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União", o CNE, Conselho Nacional de Educação, determinou que 31 de março é a data limite para que as crianças que vão entrar no 1º ano do ensino fundamental completem seis anos. A resolução, assinada pelo presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Cesar Callegari, define as regras para a implantação do ensino fundamental de nove anos no país. Cabe aos sistemas de ensino definirem providências complementares de adequação em relação aos alunos matriculadas no ensino de oito anos. Agora, as crianças que completarem seis anos após 31 de março devem ser mantidas na pré-escola, mas as escolas que já matricularam essas crianças no ensino fundamental devem, "em caráter excepcional, dar prosseguimento ao percurso educacional dessas crianças, adotando medidas especiais de acompanhamento e avaliação do seu desenvolvimento global". Já as crianças com cinco anos que cursaram por mais de dois anos a pré-escola, poderão ser matriculadas no ensino fundamental, apenas neste ano. A intenção do Ministério da Educação é transformar a data limite em projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional, para padronizar a entrada das crianças no fundamental, uma vez que Estados e municípios têm adotado lógicas diferentes. Divergências A decisão do CNE coloca em discussão a idade na qual a criança deve ser alfabetizada. O MEC entende que uma criança de cinco anos é muito nova para entrar no ensino fundamental e começar o processo. O presidente da federação das escolas privadas, José Augusto de Mattos Lourenço, discorda da lógica. O próprio MEC, diz Lourenço, recomenda que o 1º ano do fundamental deva ser parecido com o último ano da antiga pré-escola.Além do fundamental de nove anos, o MEC planeja normatizar a pré-escola, quatro e cinco anos, que será obrigatória a partir de 2016, conforme regra que entrou em vigor em novembro. A ideia é proibir repetência e avaliação com nota nessa etapa.
Fonte: Jovemsulnews (Marcos Scheer/Folha Online)
Minha opinião como Pedagoga, é que:
Indiscutivelmente o mundo mudou sim, com as novas tecnologias, costumes, etc,etc, o que ocasinou real mudança de pensamento e atitudes nas famílias em relação a absolutamente TUDO ! Evoluímos ?? É claro que sim!! Mas, peraí... a questão é que: a criança tá sendo " apresentada " a um novo mundo - mundo escolar , complicado, de metodos convencionais demais no que se refere a aprendizagem...

Em outras palavras: Concordo com o MEC, que crianças sejam matriculadas aos 6 anos de idade no primeiro ano escolar, porém... não concordo com o Modelo de Ensino vigente, com grades curriculares fechadas e avaliações do tipo testes, provas e afins... mensais, bimestrais etc.

Tenho a firme convicção de que nos primeiros anos escolar da criança a proposta deveria contemplar atividades lúdicas e concretas que privilegiem a SOCIALIZAÇÃO através da arte ( todas possíveis, visuais , de expressão e muitas, muitas outras...), da roda da conversa onde o professor poderá promover estratégias de escuta e interferências importantes. Quanto a Alfabetização propriamente dita: é lógico que deve ser inserida e será, em dados momentos , no contexto das atividades diárias mas não como prioridade.

Ainda sobre as grades curriculares, conteúdos por disciplina, carga horária e outros aspectos... é bom lembrar que as escolas podem e devem adequar às suas reais necessidades, e que, portanto nem sempre o vilão da história é o Sistema Educacional de cima para baixo, e sim , o Sistema de Ensino que cada Instituição adota.


Enfim; creio que a criança, nesta primeira etapa de vida escolar necessita não de uma entrada triunfal como querem alguns educadores e alguns pais; mas, de uma inserção mais cuidadosa neste novo mundo social, e de acompanhamento criterioso no conjunto e no individual sempre!
Maria Alida