entre o peso e a medida...
Engraçado é o tempo... Aliás, engraçado, pode não ser a melhor palavra para definir tão importante sujeito... O Tempo! Poderia ser outros tantos, por exemplo: interessante, desafiador, causador, vejam: causa-dor... Nossa! Esta palavra é suspeita, tipo... “ o culpado é sempre o mordomo...” Não é que o Tempo cause dor... Ao contrário... Ele , às vezes... só...tem o efeito contrário... Porque tem coisas que nem o tempo , nem as teorias de Freud, dá jeito... de modo que simplesmente prefere-se reviver e não viver, esta é que é a verdade... Revivendo tem-se a impressão de que o tempo parou ali! Ledo engano! Já dizia Cazuza...”O tempo não para...NÃO!!!” Talvez aí esteja uma verdade muito além da poesia...
Enfim, Mas o que me trouxe esta questão é que estamos no final de mais um ano... e isso merece uma reflexão, pelo menos penso que sim, porque comemoramos o nascimento de Jesus! Sim, isso é suficientemente o bastante pra se comemorar, afinal foi à partir daí que tudo começou ou melhor...Se Renovou!! De fato, para mim... para você...para todos nós. Mas e nós? O que fizemos este tempo todo para justificar tamanha comemoração?! Troca de presentes, férias, festas, abraços...muitos! Claro! Tudo isso é bom, mas será só isso?? Me parece que mais uma vez, tudo fica na superficialidade...
Como seres pensantes e de convívio social que insistimos em repetir Ser... à vezes parecemos estar mais para idade da pedra do que para a era tecnológica... Evoluímos em relação ao tempo e regredimos em essência... Não somos mais os mesmos... e nem poderíamos ser, afinal, novamente, culpa do Tempo... que tudo inventa...acrescenta...Tornando-nos mais ou menos equilibrados ou não, entre o peso e a medida!
Neste contexto, podemos tomar a educação por exemplo... Como a temos? Como a vemos e Como a queremos?? Já faz um tempão... que se discute as questões da educação, e todos sabemos que a realidade sócio-educativa hoje é preocupante demais ... Afinal, quem é o educando de nosso tempo? Quem educa quem? Qual é o papel da família? E o papel da escola? E do governo? Já temos algumas teorias como respostas... sabemos que de um jeito ou de outro, todos tem sua parcela à contribuir; mas o que mais me entristece com a situação é que os ditos especialistas nas questões social e educativa fazem diagnósticos, dão seu parecer , apontam caminhos...mas não avançamos... Andamos na contramão?! Talvez!
Vejamos: responsabiliza-se a escola e mais diretamente o professor(a) pelo ensino e aprendizagem do aluno, tipo CQC... isso mesmo: custe o que custar... às vezes até a própria vida ! O que temos: salas superlotadas e professores com carga horária extensiva, sem tempo para planejar como deveriam, com raríssimos cursos de capacitação... Exige-se competências e habilidades... Mas Onde buscar isso meu Deus!! Nas universidades de curso vago? Nas pesquisas via Net? Ou... na prática diária entre aviõezinhos e tocos de giz ou ainda... cadeiradas, xingamentos e palavrões...?!
Por que apesar de a classe hoje estar mais unida e consciente de sua importância social, ainda não se sabe pra onde iremos?! Nesse ritmo alucinante de agressividade entre os alunos e contra professores... Um educador para atender 30/40 educandos ou mais... é quase impossível que haja aproveitamento... Não se faz mágicas e muito menos milagre em sala de aula... Não em nosso tempo...
Eu sei que este, pode ser um discurso já um tanto desgastado e gostaria muito se houvesse , repito, o equilíbrio entre o peso e a medida... Em resumo: Se os educadores ( família, governo, escola, sociedade...) não conjugarem as ações que de fato priorizem a criança e o adolescente – seja de que classe ele/ ela pertença; sempre estaremos perdendo terreno para o “lobo em pele de cordeiro”, sob o pseudônimo de mídias, famílias desanimadas, professores despreparados, políticos corruptos, marginais etc, etc...
É preciso Mais! Responsabilidade, consciência, dedicação, afeto, amor... No ato de educar!!
E Quando isso florescer o Tempo irá fluir e não simplesmente passar...
Para finalizar, queria continuar escrevendo sobre sonhos... mas sonhos possíveis... Como Aquele da noite de Natal... Como Naquele tempo... Quando uma estrela surgiu... e iluminou toda a Terra... e Deus veio morar entre nós...
Superabraço,
M.alida
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