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domingo, 17 de janeiro de 2010

maria alida: Espaço Pedagógico

maria alida: Espaço Pedagógico

Espaço Pedagógico

Ao ler a notícia abaixo num site local, tive a sensação de alegria e alívio. E, também uma vontade de comentar este assunto muito pertinente com os colegas de plantão... Finalmente discute-se a questão da alfabetização para os pequenos... de modo sério como deve ser.
MEC recomenda entrada no 1° ano, de crianças com seis anos
Educação

Em resolução publicada nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União", o CNE, Conselho Nacional de Educação, determinou que 31 de março é a data limite para que as crianças que vão entrar no 1º ano do ensino fundamental completem seis anos. A resolução, assinada pelo presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, Cesar Callegari, define as regras para a implantação do ensino fundamental de nove anos no país. Cabe aos sistemas de ensino definirem providências complementares de adequação em relação aos alunos matriculadas no ensino de oito anos. Agora, as crianças que completarem seis anos após 31 de março devem ser mantidas na pré-escola, mas as escolas que já matricularam essas crianças no ensino fundamental devem, "em caráter excepcional, dar prosseguimento ao percurso educacional dessas crianças, adotando medidas especiais de acompanhamento e avaliação do seu desenvolvimento global". Já as crianças com cinco anos que cursaram por mais de dois anos a pré-escola, poderão ser matriculadas no ensino fundamental, apenas neste ano. A intenção do Ministério da Educação é transformar a data limite em projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional, para padronizar a entrada das crianças no fundamental, uma vez que Estados e municípios têm adotado lógicas diferentes. Divergências A decisão do CNE coloca em discussão a idade na qual a criança deve ser alfabetizada. O MEC entende que uma criança de cinco anos é muito nova para entrar no ensino fundamental e começar o processo. O presidente da federação das escolas privadas, José Augusto de Mattos Lourenço, discorda da lógica. O próprio MEC, diz Lourenço, recomenda que o 1º ano do fundamental deva ser parecido com o último ano da antiga pré-escola.Além do fundamental de nove anos, o MEC planeja normatizar a pré-escola, quatro e cinco anos, que será obrigatória a partir de 2016, conforme regra que entrou em vigor em novembro. A ideia é proibir repetência e avaliação com nota nessa etapa.
Fonte: Jovemsulnews (Marcos Scheer/Folha Online)
Minha opinião como Pedagoga, é que:
Indiscutivelmente o mundo mudou sim, com as novas tecnologias, costumes, etc,etc, o que ocasinou real mudança de pensamento e atitudes nas famílias em relação a absolutamente TUDO ! Evoluímos ?? É claro que sim!! Mas, peraí... a questão é que: a criança tá sendo " apresentada " a um novo mundo - mundo escolar , complicado, de metodos convencionais demais no que se refere a aprendizagem...

Em outras palavras: Concordo com o MEC, que crianças sejam matriculadas aos 6 anos de idade no primeiro ano escolar, porém... não concordo com o Modelo de Ensino vigente, com grades curriculares fechadas e avaliações do tipo testes, provas e afins... mensais, bimestrais etc.

Tenho a firme convicção de que nos primeiros anos escolar da criança a proposta deveria contemplar atividades lúdicas e concretas que privilegiem a SOCIALIZAÇÃO através da arte ( todas possíveis, visuais , de expressão e muitas, muitas outras...), da roda da conversa onde o professor poderá promover estratégias de escuta e interferências importantes. Quanto a Alfabetização propriamente dita: é lógico que deve ser inserida e será, em dados momentos , no contexto das atividades diárias mas não como prioridade.

Ainda sobre as grades curriculares, conteúdos por disciplina, carga horária e outros aspectos... é bom lembrar que as escolas podem e devem adequar às suas reais necessidades, e que, portanto nem sempre o vilão da história é o Sistema Educacional de cima para baixo, e sim , o Sistema de Ensino que cada Instituição adota.


Enfim; creio que a criança, nesta primeira etapa de vida escolar necessita não de uma entrada triunfal como querem alguns educadores e alguns pais; mas, de uma inserção mais cuidadosa neste novo mundo social, e de acompanhamento criterioso no conjunto e no individual sempre!
Maria Alida